O interesse pelos cultos afro-brasileiros, notadamente os da Bahia, ainda há pouco confinado aos círculos dos fiéis e praticantes ou a certo número de cientistas sociais e artistas estende-se agora a um grande público. Aos romancistas e artistas se deve, provavelmente, mais que a antropólogos e sociólogos, esta popularidade. Mas é a figura mal definida do turista, com a sua viva curiosidade por costumes “diferentes”, que mantém crescente e difunde pelo país afora essa nova atenção pelo candomblé, seus ritos e suas divindades.
A verdade é que todo turista que chega à Bahia e não pode “ver um candomblé”, sente-se frustado. Essa curiosidade é, aliás, sadia, pois está valorizando um elemento significativo da cultura afro-brasileira, ainda mesmo quando confunda, como é frequente, com simples “folclore”, manifestações religiosas tão legítimas quanto quaisquer outras. Afinal, é esta curiosidade que vem erguendo um culto, antes aviltado e até perseguido, ao respeito e tolerância da comunidade, afirmando a sua legitimidade como elemento diferencial de uma das subculturas que integram a cultura total da sociedade brasileira.
O Grupo de Preservação da Cultura Negra Dilazenze, está passando por um processo de reforma da sua quadra cultural. Para que em parceria com a empresa Coluna de Turismo do nosso amigo e parceiro Ariel Figueroa, possamos lançar um projeto neste verão que se aproxima, para atender a demanda de turistas que vem dos navios para visitar Ilhéus, e com isso, trazermos esses turistas para a nossa quadra cultural, para proporciona-lhes apresentações da Banda Percussiva Dilazenze, do SambaDila, do Corpo de Balé Afro Dilazenze, do Projeto Social Batukerê, amostra de vídeos e visitação ao Memorial do Terreiro de Matamba Tombenci Neto. Para que com isso, esses turistas levem consigo um pouco da cultura afro-brasileira, para não mais ficarem frustados em vir para Bahia e “não ver um candomblé”.
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