segunda-feira, 18 de abril de 2011

Samba Dila

O Sambadíla é um dos segmentos mantidos pelo Grupo de Preservação da Cultura Negra Dilazenze, o qual desenvolve suas atividades através de um bloco afro carnavalesco, de um corpo de balé afro, de uma banda percussiva e do desenvolvimento de projetos sociais, a exemplo do “Projeto Batukerê”, que atende a sessenta crianças e adolescentes entre 7 e 16 anos, oferecendo oportunidades de inserção social através de atividades complementares a escola.
O Sambadíla surgiu em 1990, na cidade de Ilhéus no sul da Bahia de uma brincadeira de amigos, que reunidos começaram a tocar o samba. Entretanto, bastou pouco tempo para que seus integrantes percebessem a importância de ter um trabalho mais comprometido com a preservação das raízes do samba de roda. Dessa forma, integra à finalidade do grupo, o resgate, a preservação e desenvolvimento da cultura do samba de roda em nossa região. Assim, o Sambadíla procura desenvolver um trabalho de pesquisa dos ritmos e das musicas, cantadas nas cerimônias festivas dos templos religiosos de matriz africana, principalmente no recôncavo baiano em Cachoeira de São Felix e Santo Amaro, “considerado o berço da chula e do samba de terreiro”. Sua musicalidade compreende uma fusão da chula e do samba de terreiro, aliado a um repertório fiel às raízes do samba de roda, tendo como carro-chefe o tradicional som da viola e a força da batida percussiva.
Ao longo desses 19 anos o grupo fez diversas apresentações em cidades do estado da Bahia, principalmente em festas de cultura popular e nos carnavais ilheense. As participações do grupo na Lavagem do Bonfim em Salvador no ano de 2004, no carnaval de Ilhéus nos anos de 2006 e 2007, na primeira edição do projeto chocolate groove no teatro municipal em 2009 e na tradicional festa de São Sebastião em Ilhéus em 2010, caracterizam-se sem dúvidas, como apresentações que marcaram a sua trajetória. Um dos poucos grupos de Ilhéus que conservam a riqueza do Samba de roda, o Sambadíla tem como objetivo manter viva a tradição do povo negro, uma vez que consagra como expressão artística, musicalidades de matriz africana.



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