quinta-feira, 26 de abril de 2012

Bahia é um dos vencedores do 2º Prêmio Nacional de Expressões Afro-Brasileiras


O projeto “Processos do silêncio”, da Bahia, é um dos vencedores do 2º Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-Brasileiras. Concorrente na categoria artes visuais, receberá o prêmio no próximo dia 07 de maio, segunda-feira, às 19 horas, no Teatro Rival, no Rio de Janeiro. Os 20 vencedores de todo o país dividirão R$ 1,1 milhão em prêmios, que devem ser utilizados na montagem e execução das produções culturais.

O projeto prevê a realização de uma oficina sobre o processo de criação fotográfica do universo mítico ritual e foi apresentado pela Empresa Livre Assessoria de Comunicação e Informática, de Lauro Freitas. Os vencedores nas categorias dança e teatro serão contemplados com R$ 80 mil cada e em artes visuais receberão de R$ 20 mil a R$ 40 mil por projeto.

O júri foi composto por nove especialistas nas diferentes expressões culturais, que analisaram a excelência artística; histórica e a efetiva contribuição artística para a cultura afro-brasileira; pertinência do conteúdo à questão brasileira, qualificação dos profissionais e viabilidade técnica de execução, com base no valor do prêmio.

Os vencedores em todo o país:

Artes Visuais - “Ó que rua tão comprida”, do Rio Grande do Sul; “Vila das Oyas”, De São Paulo; “Objeto/Oriki: corpus e habitus = arte”, de Minas Gerais; “Cavalo de santo”, do Rio de Janeiro; “Afro retrato”, de São Paulo; “Terra renascida - Novos olhares para a invernada dos negros”, do Rio Grande do Sul; “A gira”, de Pernambuco; “Mestre do coco pernambucano”, de Pernambuco; “Quilombos emigrantes - História do cocalinho”, de Tocantis; e “Processos do silêncio”, da Bahia.

Dança - “Aratemiolé”, de Santa Catarina; “Terreiro contemporâneo de dança 2ª edição”, de Minas Gerais; “Festival de danças poéticas negra”, de Goiás; “Quilombo Mimbó”, do Piauí; e “Catirandê - A dança afro do Tocantins”, de Tocantis.

Teatro - “Quilombo dos Silva: As memórias da negra resistência urbana em um espetáculo teatral”, do Rio Grande do Sul; “Abolição”, de Minas Gerais; “Mães negras - Teatro das Oprimidas”, de Goiás; “Casemiro Côco em lendas emaranhadas”, do Maranhão; e “O grito e os espíritos da terra - Da era cantida aos dias atuais”, do Pará.

Para o diretor do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-Brasileira da Fundação Palmares, parceiro na realização do prêmio, Martvs das Chagas, o resultado destacou a diversidade do projeto: “O número de diferentes cidades que apresentaram projetos, indica o potencial de propagação da ação por todo o país. Prevaleceu a pluralidade dos projetos que representaram as diversas regiões do Brasil. Parabenizo a todos os participantes que, com certeza, contribuem para afirmação da cultura afro-brasileira”.

Luis Nascimento, da gerência de patrocínios da Petrobras, patrocinadora do prêmio, disse que esta é uma ação afirmativa que abrirá caminho para outros projetos da cultura negra: “Projetos como este contribuem para levar esta cultura para onde ela realmente merece no país. Tem o poder de criar o hábito de se olhar positivamente para as iniciativas e pode contribuir para gerar outros projetos”.

Ruth Pinheiro, presidente do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Osvaldo dos Santos Neves (Cadon), entidade organizadora da iniciativa em parceira com a Fundação Palmares, afirma que o prêmio valoriza a cultura afrodescendente em suas manifestações contemporâneas: “A diversidade de projetos concorrentes demonstra a vitalidade da cultura afro-brasileira para além dos grandes centros. Ao contemplar todas as regiões do país, com julgamentos regionalizados, permite uma melhor igualdade das disputas e abre oportunidades para novas iniciativas”.

O prêmio é uma iniciativa da Fundação Cultural Palmares, instituição vinculada ao Ministério da Cultura, e do Centro de Apoio ao Desenvolvimento (Cadon),  com patrocínio da Petrobras.   

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